Relatório aponta falhas do Google na aprovação de anúncios com fake news eleitorais

Jamildo Melo | Publicado em 05/06/2024, às 21h23

Redes sociais ajudam a espalhar desinformação - Reprodução/internet
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O combate à desinformação e o combate às fake news são de extrema importância para as eleições no Brasil, pois este tipo de prática distorce a percepção dos eleitores e compromete o processo democrático.

As fake news são notícias falsas ou distorcidas que são disseminadas principalmente através das redes sociais e visam manipular a opinião pública em favor de determinados candidatos ou interesses.

Pois bem. Um relatório da FGV Direito Rio apontou que o Google aprovou, via GoogleAds, a veiculação no YouTube de diferentes anúncios em desacordo com as políticas de desinformação eleitoral e discurso de ódio da própria plataforma.

O estudo faz parte do projeto Mídia e Democracia, da FGV ECMI (Escola de Comunicação, Mídia e Informação).

A coordenadora responsável pela elaboração do material, Yasmin Curzi, avalia que os resultados demostram a necessidade da empresa de melhorar sua detecção automatizada, a fim de identificar determinadas palavras-chave para ser ativada a revisão humana dos anúncios.

“O relatório aponta que o Google precisa melhorar sua moderação para combater desinformação e discurso de ódio. Todos os conteúdos com discurso de ódio (explícito e implícito) foram aprovados. Os de desinformação que foram aprovados com restrição, com pequenos ajustes na escrita, a partir de “algospeak”, também foram aprovados em uma submissão posterior", explica Yasmin Curzi, professora da FGV Direito Rio e pesquisadora do Centro de Tecnologia e Sociedade (CTS-FGV) da instituição.

"Dessa forma, o estudo indica que a empresa precisa urgentemente melhorar sua detecção automatizada para identificar palavras-chave relacionadas aos temas do estudo. Ao identificá-las, deve-se iniciar a revisão humana dos anúncios para garantir eficiência e precisão".

"Diversos estudos apontam, em relação ao sistema de detecção que a empresa tem se concentrado mais na moderação de conteúdos que possam infringir direitos autorais, via ContentID, do que no combate ao discurso de ódio e desinformação, que precisariam ser tratados com a mesma seriedade"

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