Plantão Jamildo.com | Publicado em 21/08/2025, às 07h00
Se a eleição presidencial fosse hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria reconduzido ao cargo. É o que aponta a nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (21). O levantamento mostra que Lula amplia a vantagem sobre os adversários da direita em todos os cenários de primeiro e segundo turnos para 2026.
A sondagem incluiu, pela primeira vez, o nome do senador Flávio Bolsonaro (PL). Também foram testados Eduardo Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, além dos governadores Eduardo Leite (RS), Ronaldo Caiado (GO), Ratinho Júnior (PR) e Romeu Zema (MG). A pesquisa ouviu 12.150 pessoas entre 13 e 17 de agosto, com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
No primeiro cenário, que traz o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como principal adversário, Lula tem 34% das intenções de voto contra 28% de Bolsonaro. Ciro Gomes (PDT) aparece com 8%, Ratinho Júnior com 7% e Ronaldo Caiado e Romeu Zema empatam com 3% cada. Em julho, Lula tinha 32% e Bolsonaro 26%.
No segundo cenário, com a presença de Michelle Bolsonaro, Lula aparece com 35% e a ex-primeira-dama com 21%. Já no cenário com Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula soma 35% e o governador de São Paulo 17%. Contra Eduardo Bolsonaro, o presidente tem 34% contra 15%. Flávio Bolsonaro, por sua vez, marca 14%, contra 35% de Lula.
Nos cenários de segundo turno, Lula também amplia a diferença em relação aos adversários. Contra Jair Bolsonaro, Lula tem 47% contra 35% (em julho era 43% a 37%). Contra Tarcísio, a diferença é de 43% a 35% (em julho, 41% a 37%). Em disputa com Michelle Bolsonaro, Lula vence por 47% a 35% (em julho, 43% a 36%).
Outros cenários mostram Lula com 44% contra 34% de Ratinho Júnior; 46% contra 30% de Eduardo Leite; 47% contra 32% de Eduardo Bolsonaro; 46% contra 32% de Romeu Zema; 47% contra 31% de Ronaldo Caiado; e 48% contra 32% de Flávio Bolsonaro.
De acordo com a pesquisa, em um eventual segundo turno contra Jair Bolsonaro, Lula venceria na Bahia e em Pernambuco. Enquanto São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul registra um empate dentro da margem de erro. No Rio de Janeiro e em Goiás, o ex-presidente tem vantagem.
Se a disputa fosse com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, Lula teria desvantagem em São Paulo, Paraná e Goiás. Venceria na Bahia e em Pernambuco. Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro registraram empate técnico.
Michelle Bolsonaro venceria em Goiás no Paraná. Pernambuco e Bahia dariam a vitória ao atual mandatário. São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul indicam empate dentro da margem de erro.
A Quaest também mediu o grau de conhecimento dos governadores testados. Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil) são desconhecidos por 54% do eleitorado. Eduardo Leite (PSD) tem 53% de desconhecimento, Ratinho Júnior (PSD) 46% e Tarcísio de Freitas (Republicanos) 34%.
As maiores rejeições estão concentradas em Jair Bolsonaro (57%) e Eduardo Bolsonaro (57%). Flávio Bolsonaro aparece com 55%, enquanto Lula e Michelle têm 51% cada.
O levantamento questionou aos entrevistados: "O que te dá mais medo hoje: a continuidade do governo Lula ou o retorno do Bolsonaro ao governo?"
Para 47%, o temor é a volta de Bolsonaro. Já 39% afirmaram receio da continuidade do governo Lula. Em julho, os percentuais eram de 44% e 41%, respectivamente.
Essa crescente de Bolsonaro tem ligação direta com a aproximação entre quem se diz "não ter posicionamento", ou seja, o brasileiro de centro, que corresponde a 30% do eleitorado e não se representa em nenhum outro espectro, como a esquerda Lulista, esquerda não lulista e da direita não bolsonarista e dos bolsonaristas.
Neste recorte, 38% temiam mais a volta de Bolsonaro, em julho. O percentual subiu para 46%, enquanto os que temiam o novo governo Lula saiu de 31% para 25%.
Apesar dos índices eleitorais positivos, 58% dos entrevistados consideram que Lula não deveria disputar a reeleição em 2026. Outros 39% defendem que ele se candidate. O número variou um ponto percentual dentro da margem de erro em relação ao mês anterior, que já apontava uma queda ante aos 32% de maio.
Dentro das esferas políticas, 89% dos lulistas acreditam que o presidente deve se manter candidato à reeleição. No eleitorado considerado esquerda não lulista, 77% acreditam que o presidente deveria tentar o quarto mandato em 2026. Crescimento de 5 pontos percentuais em relação a julho e 16 p.p em relação a maio, quando era 61%. Na época, 37% diziam para não se candidatar. Em julho, foi de 26% e, agora, 21% dizem que não deveria tentar um novo mandato.
Sobre o futuro político do ex-presidente, 65% defendem que Jair Bolsonaro não seja candidato em 2026 e apoie outro nome. Apenas 26% acreditam que ele deveria manter a candidatura, apesar de estar inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Entre os bolsonaristas, 66% apoiam a candidatura de Bolsonaro. Na direita não bolsonarista, 53% defendem que ele não dispute.
A Quaest também perguntou quem deveria ser o candidato caso Jair Bolsonaro não concorra.
Michelle Bolsonaro aparece em primeiro lugar, com 16%. Em seguida, aparecem Tarcísio de Freitas (14%), Ratinho Júnior (10%), Pablo Marçal (6%), Eduardo Leite (5%), Eduardo Bolsonaro (4%), Ronaldo Caiado (4%), Romeu Zema (3%) e Flávio Bolsonaro (2%). Para 21%, nenhum desses deveria ser o candidato.
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