Jamildo Melo | Publicado em 19/06/2024, às 22h43
A republicação de um ofício da Assembleia Legislativa do Estado, nesta quarta-feira (19), retirou a assinatura de dois dos deputados estaduais da bancada do PL sobre a mudança da liderança do partido.
A versão do ofício publicada na terça-feira (18) apontava que Alberto Feitosa e Abimael Santos teria assinado a mudança na liderança do PL.
A nova informação demonstra que a bancada do PL continua dividida sobre a gestão Raquel Lyra (PSDB).
A governadora havia demonstrado força na bancada do PL e novo líder na Alepe passou a ser Nino de Enoque, aliado da governadora na casa. O antigo líder era o coronel Alberto Feitosa, ferrenho opositor da governadora.
A mudança deve ajuda a gestão Raquel nos embates nas comissões, pois é o líder quem indica os membros.
Recentemente, Raquel Lyra teve várias derrotas parciais em comissões, após Feitosa indicar deputados contrários a governadora no projeto das faixas salariais, por exemplo.
Nesta quarta, a dupla foi as redes sociais reclamar que o Hospital da Polícia Militar precisa de socorro.
"Até parece um trocadilho, mas a realidade é exatamente essa! A saúde pública do Estado se encontra na UTI", afirmaram. "A população pode contar conosco para lutarmos por melhorias que levem dignidade e apoio aos que dependem deste serviço. Não podemos deixar que essa situação piore".
Nesta semana, o deputado Feitosa manteve na tribuna o tom crítico com o governo e acusou Raquel Lyra de ‘toma lá dá cá’ como critério para liberação das emendas parlamentares.
Segundo levantamento do gabinete do parlamentar, dos 32 milhões liberados para repasse das emendas parlamentares, por parte do Governo, 18 parlamentares não tiveram suas emendas atendidas, ainda aguardam o repasse do recurso destinado a melhorias, principalmente na área de saúde, dos municípios de Pernambuco.
“Não há critério para liberação das emendas, têm cidades que receberam mais de R$ 4 milhões e cidades que não receberam nada. Fica claro que há um direcionamento para atender e deixar de atender o pedido de cada parlamentar desta Casa Legislativa. Aliás, há sim o critério de perseguição política de fortalecer o coronelismo ‘toma lá da cá’ por parte da governadora Raquel Lyra”, disaw Feitosa.
A contestação trazida pelo deputado Coronel Alberto Feitosa foi ecoada por parlamentares de oposição, como os deputados Waldemar Borges e Silene Guedes, que questionaram qual o critério utilizado para atender o repasse das emendas.
O presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto, enviou ofício ao Palácio do Governo cobrando o repasse equitativo definido em constituição do Estado.
A emenda parlamentar é o instrumento que permite aos parlamentares realizarem alterações no orçamento anual e alocar recursos a órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta da União, dos Estados e Municípios e do Distrito Federal.
“Cerca de 70% das emendas que destinei são para aquisição de equipamentos e obras de melhoria em unidades como o Hospital do Câncer, Fundação Altino Ventura, SOS Mãos e outras instituições. Os outros 30% são para cursos de qualificação profissional e também para assistir aos municípios atingidos pela seca”, disse o deputado Coronel Alberto Feitosa.