Ana Luiza Melo | Publicado em 06/05/2025, às 10h30 - Atualizado às 10h32
A deputada estadual Socorro Pimentel (União), líder do governo na Alepe, voltou a cobrar, com urgência, a realização da sabatina do advogado Virgílio Oliveira, indicado pelo Governo do Estado para administrar Fernando de Noronha.
Em discurso firme na tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta segunda-feira (5), ela apelou diretamente ao presidente da Comissão de Justiça, deputado Coronel Alberto Feitosa (PL), para que o processo seja finalmente pautado.
A parlamentar enfatizou que a nomeação de Oliveira foi publicada no Diário Oficial em março, e que os prazos para a sabatina já foram ultrapassados, prejudicando gravemente a gestão da ilha.
“Cada dia que passa sem essa deliberação aumenta o caos administrativo e a insegurança dos moradores. A Alepe precisa agir!”, exigiu.
O apelo de Socorro Pimentel evidencia a preocupação com a ausência de um administrador, o que tem levado a desorganização generalizada em Noronha segundo a deputada. Ela destacou problemas na saúde pública, na limpeza urbana e no turismo, reforçando que a população local está abandonada.
“Fernando de Noronha está sem comando. O povo da ilha enfrenta dificuldades sem ninguém para ouvi-los e resolver seus problemas. O Estado precisa dar uma resposta!”, pressionou.
A parlamentar lembrou que Virgílio Oliveira já esteve na Alepe, dialogou com os deputados e demonstrou preparo para assumir o cargo com uma gestão técnica e próxima da população.
“Não há justificativa para essa demora. Não se trata de mera formalidade, mas de uma necessidade urgente para restaurar a estabilidade administrativa da ilha”, argumentou.
Encerrando seu pronunciamento, Socorro Pimentel fez um apelo direto e enfático aos demais parlamentares da Casa. “Fernando de Noronha não pode esperar mais. Esta Casa tem não apenas o dever constitucional de fiscalizar, mas também o dever moral de agir!”, concluiu.
Além da pauta política, Noronha também entrou no notíciário dessa semana com um fato trágico. O delegado Luiz Alberto Guimarães, que estava em Fernando de Noronha a serviço, se envolveu em uma confusão durante uma festa no Forte dos Remédios e atirou na perna do morador da ilha Emanuel Pedro Apory, de 26 anos.
O incidente, motivado por ciúmes segundo testemunhas, gerou revolta entre os moradores da ilha, que realizaram protestos e bloquearam a BR-363 em busca de justiça. Após o ocorrido, Guimarães embarcou no primeiro voo para Recife, onde o caso está sendo investigado pela Polícia Civil e acompanhado pela Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social.
A vítima, Emanuel Apory, foi inicialmente atendida no Hospital São Lucas, em Noronha, e depois transferida para o Hospital da Restauração, no Recife, onde seu estado de saúde é estável. Segundo a mãe da vítima, ele corre risco de perder a perna.
Em novo boletim divulgado nesta terça (6), o HR informou que o paciente passou por uma cirurgia para corrigir uma fratura exposta na perna. Apory segue internado na unidade, com quadro de saúde estável.
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