'João Paulo está a serviço das forças conservadoras', diz presidente do PT do Recife

Jamildo Melo | Publicado em 13/06/2024, às 12h24

Foto do deputado João Paulo (PT) - Foto: Jarbas Araújo / Alepe
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O presidente do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) no Recife, Cirilo Mota, rebateu as declarações do deputado estadual João Paulo, do mesmo partido, sobre a possível composição da sigla com o PSB nas eleições deste ano na capital pernambucana.

“João Paulo está claramente a serviço das forças conservadoras, cumprindo o papel humilhante de enviar recados em nome da governadora Raquel Lyra”, afirmou.

O dirigente lembrou que PT e PSB estiveram juntos com a Frente Ampla que elegeu Lula e Geraldo Alckmin.

"A frente ampla foi vitoriosa no país. O mais importante é a unidade em torno de um projeto de cidade aprovado pela imensa maioria da população, que tem à frente o prefeito e aliado de primeira hora do presidente, João Campos".

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“O PT integra a atual gestão municipal e já houve uma definição do Grupo de Trabalho Eleitoral que, qualquer decisão, passará diretamente pelo presidente Lula. Na condição de auxiliar da governadora, João Paulo tenta contradizer o seu partido e a sua própria trajetória, se aliando ao grupo que não apoiou o presidente na mais importante eleição desde a redemocratização”, declarou.

Votações na Assembleia Legislativa

Segundo Cirilo Mota, bastaria uma pesquisa rápida sobre as últimas declarações de João Paulo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para saber de que lado o parlamentar se encontra.

“Em sucessivas votações, João Paulo deixa claro que tem lado, se apresentando como fiel escudeiro da governadora Raquel Lyra. A unidade entre o PT e o PSB será sempre mais forte do que a divergência de circunstância de quem se perdeu pelo caminho”, disse.

No Carnaval deste ano, João Paulo chegou a divulgar um card nas redes sociais afirmando que ele teria sido o primeiro prefeito a "nevar" o cabelo quando no cargo.

Recentemente, na votação das faixas salariais da Polícia Militar, o deputado do PT votou com o governo na Alepe, criando uma situação inusitada se se considerar que parlamentares conversadores, como os do PL, foram contrários.