Bolsonaro lidera pesquisa Paraná, mesmo inelegível, à frente de Lula

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece inelegível até 2030, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entretanto, ele continua sendo citado em pesquisas eleitorais pelo fato de ainda ser considerado um dos principais líderes da direita no País.

Além disso, há especulações sobre uma possível reversão de sua inelegibilidade, o que mantém seu nome relevante em simulações eleitorais.

De acordo com levantamento divulgado pelo Instituto Paraná Pesquisas, relativo ao mês de abril, Bolsonaro sai na frente de Lula com 38,5% das intenções de voto, contra 33,3% do atual presidente.

Em um segundo cenário, na disputa com Michelle Bolsonaro, Lula se destaca com 33,7%. O nome de terceira via que se destaca na pesquisa é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) , porém o atual presidente também se sobressai, com 34% das intenções de voto contra 27,3% de Freitas .

Outros candidatos também são citados em cenários estimulados, porém com menor expressão de intenções de voto: Ratinho Júnior (PSD), Eduardo Leite (PSD), Ronaldo Caiado (União Brasil), Ciro Gomes (PDT) e Helder Barbalho (MDB). 

Segundo dados da pesquisa, quando perguntados de forma espontânea sobre intenções de voto, 53,4% ainda não sabem/não opinaram. Neste cenário, a diferença entre Bolsonaro e Lula é apertada, tendo cada um 18,2% e 17,2% das intenções de voto, respectivamente.

SEGUNDO TURNO

Em um eventual segundo turno das eleições entre Lula e Jair Bolsonaro, 46% dos eleitores votariam em Bolsonaro e 40,4% votariam no atual presidente.

Caso o segundo turno ocorresse entre Lula e Michelle Bolsonaro, a ex-primeira-dama também sairia na frente com 45% das intenções de voto, contra 41% de Lula.

Em um provável segundo turno entre Lula e Tarcísio de Freitas, o governador do obteve 43.4% das intenções de voto, deixando o presidente para trás, com 40,6%.

REJEIÇÃO À LULA

A desaprovação do Governo Lula 3 nas pesquisas pode ser atribuída a uma combinação de fatores econômicos, políticos e sociais.

Entre os principais motivos está a alta da inflação, que tem afetado especialmente o preço dos alimentos, gerando insatisfação entre os consumidores.

Apesar de iniciativas como a suspensão de impostos sobre categorias específicas de alimentos, os resultados dessas medidas ainda não foram percebidos de forma significativa pela população, o que contribui para a sensação de descontentamento.

Além disso, setores estratégicos, como o agronegócio e o mercado financeiro, têm expressado insatisfação com as políticas econômicas e tributárias implementadas pelo governo, alegando que elas podem impactar negativamente a competitividade e o crescimento econômico.

A polarização política, que continua intensa em todo o País, também desempenha um papel crucial. A rejeição ao petismo e à esquerda como um todo permanece forte, especialmente entre eleitores de centro e direita, que veem o governo com desconfiança

INELEGIBILIDADE

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante eventos realizados em 2022.

Entre os episódios que levaram à sua inelegibilidade estão uma reunião com embaixadores, na qual ele questionou o sistema eleitoral brasileiro sem apresentar provas concretas, e as celebrações do Bicentenário da Independência, onde utilizou eventos oficiais para promover sua candidatura.

Essas ações foram consideradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como tentativas de influenciar indevidamente o processo democrático.

Apesar da condenação, Bolsonaro continua sendo mencionado em pesquisas eleitorais como um possível candidato, alimentando especulações sobre estratégias jurídicas e políticas que poderiam reverter sua inelegibilidade.

A condenação de Jair Bolsonaro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ocorreu em 30 de junho de 2023. O julgamento começou em 22 de junho e foi concluído nessa data, com a decisão de torná-lo inelegível por oito anos devido ao abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.