Olinda recebe megaempresário chinês em busca de parcerias e oportunidades de investimento

Jamildo Melo | Publicado em 11/07/2024, às 17h01

Assessoria diz que Huang Nubo já visitou cerca de 600 sítios reconhecidos como Patrimônio Mundial pela Unesco - Divulgação
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O Ministério do Turismo informa que, entre 2019 e 2021, o Brasil recebeu 77.235 visitantes da China. Em 2022, depois da pandemia e do tempo que o governo federal fazia críticas à China, usando até mesmo vacinas, foram apenas 8.787. No ano passado, voltou a subir e chegou a aos 32 mil vieram ao país.

Nesta quinta-feira, 11 de julho, desembarca em Recife um asiático em especial. O presidente do Beijing Zhongkun Investment Group, o empresário chinês Huang Nubo, chega ao Estado em busca de parcerias e oportunidades de negócios. Já no dia seguinte, ele visitará o Centro Histórico de Olinda, reconhecido pela Unesco em 1982 como Patrimônio Cultural Mundial.

Até o dia 16, Nubo promete realizar visitas a cidades brasileiras que abrigam sítios protegidos pela Unesco.

De acordo com sua assessoria, os primeiros locais visitados foram o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, o Sítio Burle Marx e a cidade de Paraty, no Rio. No sábado 6, no Rio de Janeiro, Nubo tomou café da manhã com Chicão Bulhões, secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico do município, e Flávio Valle, ex-subprefeito da Zona Sul. Na pauta, medidas para incentivar o turismo. 

Ele também esteve no Centro Histórico de Goiás e de São Luís (MA).

Depois de Olinda, nos próximos dias, Nubo visitará Salvador, Aracaju, Belo Horizonte, Matozinhos e Ouro Preto.

O empresário vem ao Brasil defender a redução das restrições à entrada de chineses no país, assim como a ampliação da infraestrutura do Aeroporto Tom Jobim com o objetivo de aumentar o fluxo de voos internacionais.

“A cada ano, 150 milhões de chineses viajam para o exterior. Mas uma parcela muito pequena desembarca aqui no Brasil. Com o incentivo ao turismo, mais chineses poderiam apreciar as riquezas naturais e históricas do país”, afirma Nubo.

"O turismo é fundamental para gerar empregos e renda, além de preservar o patrimônio histórico e cultural. Investir na conservação desse patrimônio deve ser prioridade. As pessoas precisam se sentir parte da sua cultura. No Brasil, com tantos marcos históricos e arquitetônicos, o céu é o limite para atrair investimentos nesse setor”, diz.

Tamanho do grupo chinês

O grupo Zhongkun informa que faturou o equivalente a 1,37 bilhão de dólares (R$ 7,5 bilhões) no ano passado.

Huang Nubo informa ser responsável por empreendimentos imobiliários de grande porte, especialmente nas áreas de turismo e lazer, já tendo investido cerca de 1 milhão de dólares (R$ 5,5 milhões) em projetos de turismo sustentável voltados para a preservação do Patrimônio Mundial.

Ao longo dos últimos cinco anos, ele já visitou 600 sítios da Unesco em quase 100 países. Depois do Brasil, ele passará ainda por México e Cuba.

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