Clara Nilo | Publicado em 16/04/2025, às 17h16 - Atualizado às 17h48
O Porto Digital e a Specialisterne irão celebrar, nesta quinta-feira (17), a formação da primeira turma de profissionais voltados para tecnologia autistas e do Nordeste. A turma conta com 12 formandos, entre 23 e 37 anos, sendo sete homens e cinco mulheres.
O evento que acontece às 14h30, no endereço Cais do Apolo - 222, convida empresas do setor que queiram conhecer e reter esses talentos a fim de compor uma equipe mais diversa e inclusiva.
O curso durou 6 semanas, de forma híbrida, com aulas teóricas e práticas, essas últimas na sede do Porto Digital. A formação vai além do conhecimento técnico e é voltada para a criação de um "ecossistema de oportunidades e crescimento profissional".
“Acreditamos que inovação de verdade só acontece quando é acompanhada de diversidade. Apoiar a Specialisterne no Nordeste e sediar essa primeira formação é uma forma concreta de mostrarmos que o Porto Digital está comprometido em abrir caminhos para talentos que historicamente enfrentam barreiras no mercado de trabalho. Essa turma é só o começo de um futuro mais inclusivo e plural para o setor de tecnologia”, afirmou Pierre Lucena, presidente do Porto Digital.
Excel, gestão de projetos, teste de software, tratamento de dados e analytics, além de módulos comportamentais focados em conflitos e integração de equipes foram alguns dos temas abordados.
"Aqui, encontrei um ambiente que respeita nossas necessidades e potencialidades. Me encantei especialmente com o módulo de tratamento de dados, que tem tudo a ver com o que gosto. Já a parte de testes de software foi mais desafiadora, mas me fez crescer muito. Espero agora poder aplicar esse novo conhecimento, me aprofundar na área e, quem sabe, até integrar o que aprendi com a minha formação em saúde”, compartilhou a formanda Amélia César, de 33 anos.
A Specialisterne é uma empresa de impacto social, com origem dinamarquesa, presente em 26 países. Ela busca capacitar pessoas neurodivergentes fazendo com que elas melhorem e valorizem suas capacidades, em muitos casos especialmente adequadas para determinadas tarefas, e também que as empresas obtenham todos os benefícios de incluir estas pessoas e gerar um impacto social positivo.
“Contratar pessoas autistas não é apenas uma questão de inclusão — é uma oportunidade de enriquecer o ambiente de trabalho com perspectivas únicas, foco excepcional e uma sensibilidade apurada para detalhes que muitas vezes passam despercebidos. Na área de tecnologia, por exemplo, onde atenção aos detalhes e pensamento lógico são diferenciais, profissionais autistas trazem uma contribuição valiosa. Quando criamos espaços de trabalho mais empáticos e diversos, não só incluímos, como aprendemos a ver além do óbvio”, completou Marcelo Franco, Diretor de Operações da Specialisterne no Nordeste.
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