Yan Lucca | Publicado em 30/01/2025, às 11h59
O Banco do Nordeste (BNB) aplicou R$ 4,5 bilhões em projetos do mercado livre de energia ao longo de 2024. Segundo o diretor de Planejamento da instituição, Aldemir Freire, a maior parte dos investimentos foi destinada à geração de energia fotovoltaica, consolidando o banco como um dos principais financiadores de energia limpa na região.
Os recursos beneficiaram empreendimentos em toda a área de abrangência do BNB, resultando na geração de 1,6 GW de energia. No Ceará, foram investidos R$ 337 milhões em 22 projetos.
"Nosso foco é apoiar projetos inovadores que contribuam para a transição energética do Brasil, promovendo um modelo mais sustentável e competitivo", destacou Aldemir Freire, durante sua participação no fórum Exame Renováveis, realizado ontem (29), em São Paulo.
Durante o evento, Freire avaliou o cenário do mercado livre de energia no Brasil e apresentou linhas de crédito como a FNE Verde, oferecidas pelo BNB para financiar projetos do setor. O diretor ressaltou que o banco tem ampliado parcerias com outras instituições financeiras e organismos multilaterais para atender à crescente demanda por energia renovável.
Ele também destacou o potencial do Nordeste para o setor:
"Temos condições naturais excepcionais para sermos protagonistas no fornecimento de energia limpa, com nosso potencial solar e eólico. Devemos aproveitar essa janela de oportunidade que se abre para impulsionar a economia regional e desenvolver outras atividades produtivas. A região não deve ser apenas exportadora de energia, mas abrigar atividades que gerem emprego e renda", afirmou.
O fórum Exame Renováveis, promovido pela revista Exame, reuniu especialistas e lideranças do setor para discutir as perspectivas do segmento. No painel Mercado Livre de Energia, além de Aldemir Freire, participaram Paulo Pedrosa, presidente da ABRACE, e Rodrigo Gelli, diretor técnico da PSR. O debate abordou tendências, desafios e oportunidades do setor, e os impactos econômicos e regulatórios sobre o mercado livre de energia no Brasil.
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No mercado livre de energia, empresas e grandes consumidores podem escolher seus fornecedores e negociar diretamente as condições de compra, como preço, volume e prazo. Esse modelo favorece a competitividade e pode resultar em tarifas mais baixas, além de permitir maior flexibilidade na gestão do consumo.
Já no mercado regulado, a venda de energia ocorre por meio das distribuidoras, com tarifas definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), considerando custos operacionais e regulatórios.
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