Jamildo Melo | Publicado em 29/07/2024, às 08h59
A implantação da refinaria Abreu e Lima, em Suape, há cerca de dez anos, trouxe desenvolvimento ao Cabo e Ipojuca, mas também muitos problemas sociais, com um afluxo de trabalhadores de diversas partes do Brasil. Com o fim das obras, sem mais tantas demandas, as cidades viram crescer problemas sociais como aumento da violência e favelização no entorno. Neste segundo momento de expansão, a empresa planeja tentar evitar os mesmos problemas.
O presidente do Sindicato dos Petroleiros dos Estados de Pernambuco e Paraíba (Sindipetro-PE/PB), Sinésio Pontes, revelou ao Blog do Jamildo que a empresa se comprometeu a ter mão de obra local, para prevenir este tipo de situação.
Nas negociações, os trabalhadores obtiveram ainda o compromisso de que um percentual de 10% será reservado para a contratação de trabalhadores sem experiencia anterior, de modo a ajudar os jovens no quesito empregabilidade.
"Hoje, os dois sindicatos (Petrobras e terceirizados) com atuação local, estão tomando parte do fluxo de contratação, ajudando aos órgãos oficiais (Sine) nos trabalhos. Com isto, também se reduziu as filas na porta do Sine", explica. A entidade conta que a mesma experiência é realizada no Rio de Janeiro, Cubatão e Bahia, onde estão sendo gestadas iniciativas semelhantes de parceria.
No plano prático da estatal, o nome do programa chama-se Autonomia e Renda e foi lançado aqui na Refinaria Abreu e Lima pelo presidente Lula, no começo do ano. "A empresa banca uma bolsa para os públicos locais. Eles se inscrevem em cursos nos Institutos Federais ou Senais. O objetivo é treinar gente com especialidade próprias, para ser recebido na estrutura da refinaria", revela.
Conforme já informou no site Jamildo.com, a categoria deve promover uma campanha comemorativa aos 10 anos do início das operações da refinaria Abreu e Lima, em parceria com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), no plano nacional.
"A refinaria começou a ser construída em novembro de 2014, no auge da operação Lava Jato, sendo usada pela grande mídia nacional para destroçar os planos de desenvolvimento do Nordeste, a produção nacional. Mais do que nunca se faz necessária uma campanha para comemorar os dez primeiros anos de operações da refinaria", explica o sindicalista.