Recuperação da Ponte Giratória, alvo de críticas nas eleições, avança no Recife

A Prefeitura do Recife avança nas obras de recuperação estrutural da Ponte 12 de Setembro, conhecida como Ponte Giratória. Com início em 30 de setembro do ano passado, após uma nova licitação, as intervenções já alcançaram 14% de execução, com um investimento de aproximadamente R$ 14,35 milhões. Nesta quinta-feira (9), o prefeito João Campos e o vice-prefeito e secretário de Infraestrutura, Victor Marques, realizaram uma vistoria no local.

"Esse é um trabalho extremamente importante e que estamos fazendo com muita responsabilidade. Boa parte dele é feito dentro e na parte inferior da ponte, então muitas pessoas podem não ver o progresso, mas a obra segue firme e em andamento", afirmou João Campos, destacando o comprometimento com a segurança estrutural.

A ponte, que conecta os bairros de São José e Recife, está passando por reforços estruturais, incluindo a protensão externa das vigas longarinas, reparos nas células internas do tabuleiro e tratamento de fissuras. Parte dos serviços envolve o uso de técnicas específicas, como aplicação de graute, reforço com aço e injeção de epóxi.

"Estamos numa fase muito importante da obra, que é o início da nova reestruturação. Durante todo o processo de restauro, que já estava acontecendo, foi observado que existiam danos estruturais não previstos. Esses danos só conseguiam ser descobertos com a obra de restauro em andamento", explicou Victor Marques. Ele ressaltou que, por razões técnicas, a ponte foi interditada e um novo projeto de reforço estrutural foi elaborado para garantir estabilidade e segurança.

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Críticas durante as eleições

A recuperação da Ponte Giratória foi alvo de críticas no cenário eleitoral. O ex-ministro de Turismo Gilson Machado, aliado de Bolsonaro, criticou a gestão de João Campos pela demora na conclusão das obras, ressaltando o impacto no tráfego da região central do Recife. Machado também questionou o prazo de 540 dias para conclusão, estipulado pela prefeitura.

Em resposta na época, a Prefeitura do Recife informou que novas inspeções identificaram patologias adicionais na estrutura da ponte, exigindo a realização de uma nova licitação. "A equipe de engenharia da Emlurb realizou ensaios mais detalhados e identificou problemas que necessitam de reparos específicos", informou o órgão, que planeja lançar o novo edital no segundo semestre.

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Impacto da interdição

Interditada desde outubro de 2023, a ponte é uma das principais ligações entre o bairro de São José e o Recife Antigo. A interdição afetou o tráfego na região, principalmente para motoristas que utilizam a Avenida Alfredo Lisboa para acessar o Cais da Alfândega e o Cais de Santa Rita.

A Ponte Giratória tem 195,25 metros de extensão, com cinco vãos e uma largura de 22 metros, incluindo passarelas para pedestres e faixas de rolamento para veículos.