Plantão Jamildo.com | Publicado em 03/07/2025, às 17h37
Como diria o saudoso Luiz Gonzaga, na sua música em homenagem a Arcoverde: “Eita mimoso, vai, abre a porteira, que Arcoverde me espera. Arcoverde, gente boa, aqui estou.”
E aqui estamos, mais uma vez, celebrando o São João de Arcoverde — uma das festas mais vibrantes e autênticas do Nordeste brasileiro. Muito além do forró, das bandeirolas e da fogueira, o São João de Arcoverde se consolida como um verdadeiro motor econômico e cultural da região.
A edição de 2025, sob a nova administração, reafirmou essa vocação. A festa atraiu milhares de turistas, lotou hotéis, movimentou bares, restaurantes e lojas, gerou renda para trabalhadores informais, artistas e pequenos empreendedores locais. Cada barraca montada, cada palco erguido, cada trio pé-de-serra tocando ao vivo representou também uma engrenagem a mais girando a economia da cidade.
O impacto econômico não se restringiu aos limites do município. O São João impulsionou de forma significativa o comércio de toda a região. Hotéis, pousadas, transportes e diversos serviços foram positivamente impactados com o aumento da demanda e a consequente geração de empregos. E não podemos deixar de destacar a força da economia criativa: músicos, artesãos, técnicos, produtores e artistas em geral tiveram espaço para divulgar seu trabalho e garantir sua renda.
Uma decisão acertada da Prefeitura de Arcoverde foi a isenção de taxas para os comerciantes que atuaram durante o período junino. Essa medida facilitou a participação popular, fortaleceu o comércio local e democratizou o acesso às oportunidades da festa. Além disso, a divulgação antecipada do evento foi uma jogada estratégica fundamental: garantiu que turistas de várias partes do estado e do país pudessem se programar com antecedência para vivenciar essa experiência inesquecível.
A festa também foi marcada por reencontros emocionantes. Artistas que há muitos anos não se apresentavam na cidade retornaram ao palco e foram calorosamente recebidos pelo público. Um dos momentos mais marcantes foi o show do consagrado Flávio José, que subiu ao palco visivelmente emocionado e fez questão de agradecer ao prefeito pelo convite e pela oportunidade de voltar à cidade que chama de “sua do coração”.
Outro destaque foi a apresentação de Maciel Melo, grande artista, poeta e contista pernambucano. Em um show carregado de afeto e pertencimento, Maciel não só encantou a plateia, como também fez questão de visitar o tradicional Posto Serrano — local emblemático da cidade — onde foi recebido com carinho pela população, como se estivesse em casa. E como ele mesmo costuma dizer: “Mergulhado nos becos do meu passado, perdido na imensidão desse lugar.”
Mas talvez um dos reencontros mais simbólicos e tocantes deste São João tenha sido o de Lirinha, um dos fundadores do icônico grupo Cordel do Fogo Encantado. Seu retorno ao palco da festa, em sua cidade natal, foi um momento de rara intensidade. Com emoção, potência e poesia, Lirinha celebrou o reencontro com Arcoverde e com as raízes do coco tradicional, ajudando a consolidar um dos polos mais importantes da cultura popular nordestina. O palco do São João de Arcoverde voltou a ser também um altar de memória, identidade e pertencimento.
Arcoverde segue firme, com o pé no chão do sertão e o coração cheio de música e esperança. Sucesso para a cidade, parabéns a todos os envolvidos — artistas, gestores, trabalhadores e, principalmente, ao povo que faz o São João acontecer.
O São João voltou. Arcoverde está de volta. E isso, companheiro… vale um abraço.
Sem irregularidades, São João de Arcoverde afasta questionamento e segue com festa
São João 2025: Raquel Lyra participa de início dos festejos em Arcoverde e Petrolina e deve rodar estado
São João de Arcoverde 2025: abertura da festa é marcada por nova estrutura